Vou aproveitar o (excelente) texto recebido
pelo coach carioca Marcello Berro quem esteve entre os dias 25 de agosto até 13
de setembro em Mar Del Plata (400 kms de Buenos Aires) com o objetivo de participar
da clínica da CODITEP ( fusão entre a associação de clubes de basquetebol e
associação de técnicos profissionais em basquetebol da Argentina) , de ser parte
do Congresso e clínica da ENEBA( Escola nacional de técnicos em basquetebol da
Argentina) e finalmente assistir ao pré olímpico de basquete. Dividi a matéria
em 4 partes: a Clínica, Sergio Hernandez e o ataque contra zona, Daniel Maffei
e a dobra nos pivôs e o turco Mahmuti e o ataque ao pick and roll. Vale a pena
ler e refletir com calma.
Parte I - A Clínica - Cheguei à véspera do início das palestras da CODITEP, fazia muito frio e o vento trazia uma sensação térmica desesperadora para um carioca. Saí para jantar ansioso pela manhã seguinte mas o frio, a sujeira nas ruas e o excesso de pedintes, me tiraram completamente o foco no basquetebol. Jantei olhando pela janela e me perguntando: Como um país que atravessa uma crise econômica nítida, consegue ter um basquetebol tão respeitado? Acordei no dia 26 apressado para fazer a minha inscrição, me chamou a atenção que meu número era 541, achei estranho e depois descobri que foram 578 inscritos, num curso não obrigatório. Eram todos técnicos profissionais que já haviam cursado a demorada ENEBA (3 níveis em 4 anos com atualizações obrigatórias feitas a cada 2 meses em cada estado). A primeira palestra do Sr. Gérman Diorio (psicólogo da seleção principal masculina) que dissertou sobre a parte motivacional e psicológica no basquetebol. O foco era alertar sobre a importância da comissão técnica em conhecer todos os itens da personalidade dos atletas e usá-los a favor de um grupo unido, motivado e sintonizado num mesmo objetivo. Assim que acabou, me senti perplexo diante do absoluto conhecimento e complexidade das informações. Percebi que as perguntas dos treinadores não eram egoístas, que estes davam a devida importância do lado espiritual e de como essa energia (gerada por um grupo unido e sintonizado) é fundamental para o sucesso de uma equipe de basquetebol.
Parte I - A Clínica - Cheguei à véspera do início das palestras da CODITEP, fazia muito frio e o vento trazia uma sensação térmica desesperadora para um carioca. Saí para jantar ansioso pela manhã seguinte mas o frio, a sujeira nas ruas e o excesso de pedintes, me tiraram completamente o foco no basquetebol. Jantei olhando pela janela e me perguntando: Como um país que atravessa uma crise econômica nítida, consegue ter um basquetebol tão respeitado? Acordei no dia 26 apressado para fazer a minha inscrição, me chamou a atenção que meu número era 541, achei estranho e depois descobri que foram 578 inscritos, num curso não obrigatório. Eram todos técnicos profissionais que já haviam cursado a demorada ENEBA (3 níveis em 4 anos com atualizações obrigatórias feitas a cada 2 meses em cada estado). A primeira palestra do Sr. Gérman Diorio (psicólogo da seleção principal masculina) que dissertou sobre a parte motivacional e psicológica no basquetebol. O foco era alertar sobre a importância da comissão técnica em conhecer todos os itens da personalidade dos atletas e usá-los a favor de um grupo unido, motivado e sintonizado num mesmo objetivo. Assim que acabou, me senti perplexo diante do absoluto conhecimento e complexidade das informações. Percebi que as perguntas dos treinadores não eram egoístas, que estes davam a devida importância do lado espiritual e de como essa energia (gerada por um grupo unido e sintonizado) é fundamental para o sucesso de uma equipe de basquetebol.
A segunda palestra foi do Sr. Facundo Muller (segundo assistente técnico da seleção principal masculina) que palestrou sobre a importância da uma comissão técnica (confesso que o tema e pela palestra anterior ter ultrapassado (muito) o tempo estabelecido, achei que esta seria curta e até desinteressante). Facundo iniciou assim: “uma comissão técnica tem como principal finalidade colaborar com a autocrítica do treinador.” Só esta frase, me fez lembrar que muitos técnicos brasileiros, seja por insegurança( achar que os assistentes querem o lugar dele) ou por falta de confiança (na competência dos assistentes) preferem trabalhar sozinhos ou ter na comissão técnica pessoas que nunca o contestem. Facundo deu uma verdadeira aula sobre o que é ser assistente técnico: editar vídeos sobre os adversários, ser a ligação entre atletas e técnico e principalmente ser o “ advogado do diabo” contestando os conceitos do técnico.
Notei que os recursos digitais eram bem precários, não tinha data-show, só algumas transparências e a maioria das informações feitas na lousa. Mesmo assim, a qualidade das informações (só neste dia) valeu o investimento. Terminava a parte de palestras teóricas e a tarde seria sobre conceitos do jogo na quadra do Club Kimberley. (Amanhã: Sergio Hernandez - bronze nos últimos Jogos Olímpicos-).
(Coach Marcelo Berro / Rio de Janeiro)
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