Percorremos mais de 2 mil kilometros nestas ultimas duas semanas, divulgando a IV Supercopa REPORT Nordeste em 5 capitais do nordeste. Aproveitamos a oportunidade para vistoriar ginásios a serem utilizados nas finais de Maceió (AL) e conferir alguns jogos em Recife e João Pessoa.
Conversando com coordenadores, atletas e gestores ligadas aos times que participam da IV Supercopa REPORT Nordeste de Basquete, percebi que a pirâmide do basquetebol baiano está invertida e isso é realmente preocupante pois sem uma base sólida não temos como exigir um nível técnico melhor no adulto.
Quantas equipes que disputam o adulto na Bahia tem categorias de base? Quantos juvenis disputam o evento?
Em todos os estados do nordeste, menos na Bahia, as seleção local de base (sub-19 e sub-17) e os veteranos (acima de 30 anos) tem suas equipes organizadas e utilizam o evento para se preparar para as diferentes competições. No caso das categorias de base, tem o Campeonato Brasileiro da categoria, e no caso das AVABs tem o Brasileiro e Nordestão, que foi realizado este final de semana em Fortaleza (CE). O resultado deste investimento na base é o bom resultado que as seleções "sub" de Pernambuco, Alagoas e Paraíba tem ano a ano.
No caso do basquetebol máster, é notória a diferencia dos atletas de 30+, 35+ e 43+, contra aqueles que estão competindo a nível adulto, na fase classificatória da IV Supercopa. Quem assistiu os jogos, sabe que fora Ruy Gaucho, Gaspar, Beto Costa e Edney Alves (quem disputou o evento pelo Ceará), foram os que mais se destacaram nos jogos, talvez pelo fato de estarem disputando adulto e treinando com suas equipes.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5V3uRFCuSp1Rxqm5HdQxjEI6kbXUAO7BlninkXq6qCsDBF8tKEXIn4SFpngM_ts8FjMSjxfXLyYpWzttCK2hhaylkIb9RgRpOsrJqMlx3KDW1Ma98c6xGXozcsU4xscciq24i14uvcxGS/s1600/diney4.jpg) |
Edney Alves, defendendo as cores do Ceará na categoria 35+ |
Falando do Nordestão Master em Fortaleza, deixo aqui a minha indignação pelo péssimo evento promovido pela AVAB local. Sem organização, sem logística, sem divulgação, sem arbitragem e principalmente com um nível técnico baixíssimo (a maioria dos jogos foi uma pelada com árbitros e padrão). Imagem desta falta de organização foi a final da categoria 53+, as equipes de Pernambuco e Ceará entraram em quadra na meia-noite de sábado para finalizar o jogo 1h30 da manhã! E o absurdo não termina ai, na seqüência as equipes do Maranhão e Ceará 2 disputaram o terceiro lugar até as 4h30 da manhã de domingo! Atenção empresários ligados ao basquetebol, gestores e principalmente gestores, o que se viu em Fortaleza é o oposto a ser feito quando se trata de evento esportivo. Nem vou entrar no assunto do caixa da competição, porque cada atleta paga (e caro) para se inscrever no evento.
Destaque mesmo, na Bahia, foram as categorias 59+ e 70+, e entre eles os atletas master Porcão, Bras e Raizinho, de forma física acima da sua categoria. Aliás, a equipe 59+ da Bahia, joga muita bola!
Ouvi dizer muito na arquibancada que só o ”baba” condiciona para estes eventos. Um absurdo! Quem conhece, e viu treinar, o pai de Beto e Pepeu, consegue entender o que é superação diária.
Para os saudosistas, como eu, valeu a pena sentar na arquibancada (admirar) e ver as aulas de basquetebol promovidas pelo cubano Cabrera (representando Pernambuco), Jóia e Carioquinha (representando Rio Grande do Norte) e o pivozão Silvio (representando o Ceará). Estes atletas jogam como mandam os livros, no caso do ala Jóia, é plasticamente impecável, esse feijão com arroz é algo que não se ve todos os dias, nem sequer na TV.